(x) Ximenes (x) Xanana
Nos dias que correm, incertos, somos tentados a valorizar os defeitos e os erros, e a substimar os gesto de coragem e de altruísmo. Lembro hoje dois homens que são dois exemplos de vida, duas faces da mesma moeda cunhada por tributo ao amor que ambos revelaram à sua terra e ao seu povo. Foram capazes de fazer a guerra para terem a paz, foram capazes de viver subjugados para alcaçarem a liberdade. Não acredito que não tenham vacilado, que não tenham tido a tentação de desertar, por um momento, por uma fracção de segundo. Mas as suas divisas foram a reserva mental e o alento que os levou à conquista - "amai-vos uns aos outros", "resistir é vencer" - são os sinais que adivinho nos seus olhos e o que admiro nos seus gestos.
Bem melhor seria o mundo se lhes seguissemos o exemplo e fossemos nós também capazes de fazer a guerra e sair deste torpor comodista que nos consome a vida.
(letra e música F. Gomes)
o dia amanhece
como um dia vulgar
nas ruas corre o sangue
dos que vieram
celebrar a noite
que é a cor da face
dos que tombaram
mas que não morreram
dos que tombaram
mas que não morreram
ouvem-se as vozes
dos que não calaram
que o corpo é igual
e que a alma sente
quando a morte vem
não escolhe a côr
e o chão que pisam
não é diferente
e a terra que pisam
não é diferente
(refrão)
mas há quem
da liberdade faça uma bandeira
mas há quem
p’la liberdade passe a vida inteira
sem o sol, sem o céu,
mas com a vontade
de que um novo dia nasça,
de que um homem novo nasça,
em liberdade
3 comentários:
Bato palmas, meu amigo.
Meu caro Felipe,
Como sabes admiro os teus textos e, sobretudo, a forma como traduzes e expressas aquilo que te vai na alma.
Cada post teu é sempre um naco de humanidade e de uma aberta leitura da vida...
Admiro-te e abraço-te por isso.
Não te conhecia esta veia poética!
TOU PASMADA.
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