7.04.2010

(j) Jornalistas da Cumeira

No ano lectivo de 2008/2009, o meu Francisco frequentava a Escola Básica da Cumeira.
Pouco depois do início das aulas fui convocado para uma reunião de pais onde foram apresentados, o plano de actividades, o plano de segurança, etc, etc, tendo as professoras aconselhado os pais a lerem os documentos então apresentados, os quais seriam afixados numa das paredes da escola. Como cada documento era composto por uma grande quantidade de páginas, a coisa resultava num autêntico estendal.
Alguns dias depois contactei com a professora do meu filho e sugeri-lhe que a escola tivesse um blogue. Dessa forma, para além das pessoas poderem aceder de forma fácil e cómoda aos documentos apresentados, também poderiam dar a conhecer à comunidade as actividades que se iam realizando, abrindo igualmente caminho à produção de conteúdos, resultantes da actividade pedagógica, para de certa forma o irem “alimentando”.
A ideia foi bem acolhida nascendo assim, em Janeiro de 2009 um dos blogues mais interessantes que conheço e que dá pelo nome de “
Jornalistas da Cumeira”, nome herdado duma pequena publicação trimestral que já era produzida pela mesma escola, em suporte de papel.
É por isso com grande satisfação que vejo que o blogue, ao fim do segundo ano lectivo de existência, mantém o mesmo espírito e a mesma dinâmica, sendo um bom exemplo da forma como a escola pode utilizar, para proveito de todos, esta interessante ferramenta que veio democratizar a divulgação de conteúdos a uma escala inimaginável há alguns anos atrás.
Para completar esta minha referência, deixo ainda um vídeo muito engraçado, relativo a um dos trabalhos realizados pela turma do 4º ano daquela escola, no ano lectivo de 2008/2009, no âmbito do projecto pedagógico que decorria naquele ano lectivo “Conhecer Profissões, Artes e Ofícios”. Neste caso
a profissão era a de repórter e os pequenos jornalistas não se saíram nada mal. Sobretudo o pivot, que é mesmo parecido com o meu Francisco.


7.01.2010

(m) Música


Só há poucos dias consegui as fotos deste que foi um daqueles dias que jamais esquecerei, 25 de Abril de 2010. O Francisco tocou comigo pela primeira vez. A Morte Saiu à Rua e Utopia, de Zeca Afonso, no salão nobre da câmara municipal. Ele estava de cravo vermelho e eu estava nervoso e comovido. Oxalá se repita.


Utopia

Cidade
Sem muros nem ameias
Gente igual por dentro
Gente igual por fora
Onde a folha da palma
afaga a cantaria
Cidade do homem
Não do lobo, mas irmão
Capital da alegria

Braço que dormes
nos braços do rio
Toma o fruto da terra
É teu a ti o deves
lança o teu desafio

Homem que olhas nos olhos
que não negas
o sorriso, a palavra forte e justa
Homem para quem
o nada disto custa
Será que existe
lá para os lados do oriente
Este rio, este rumo, esta gaivota
Que outro fumo deverei seguir
na minha rota?

(Zeca Afonso)

Teatro no Sport Operário Marinhense