6.03.2006

(a) Amor Azul Água


Entre o azul do céu e o azul do mar, o azul do amor, azul água, vida, sem turvação ou desgosto, com gosto a azul, o azul que anseio que me devolvas com a mesma cor com que te o dou a beber.
Não sei se alguma vez vais ler estas palavras, se vais passar por aqui, mas a ausência do azul água nos teus olhos não impede o mar que neles vejo, azul, o azul do amor, profundo, que um dia me tornou perpétuo e que prolongou no tempo a minha memória com os dois oceanos de água, azul e sal, que tornam os dias mais felizes. É também por isso que te amo, meu amor azul água.

AQUI EM BAIXO...

letra e música de João Afonso


Aqui em baixo é tudo azul
o arco-íris é azul
e é azul a chuva quando molha
a minha casa está no mar
no fundo, bem fundo, azul
sem fronteiras a dividir corações

Aqui em baixo é tudo azul
o meu lugar é azul
em azul até dançam as areias
só se vê estrelas no mar
num silêncio todo azul
e mais as bolhas de
ar que nos rodeiam

Quando o riso tiver cor
um reflexo de calor
como pássaro liberto no teu quarto
rio amarelo interior, ondas de sal e vapor
fazem desenhos na água do teu parto

Aqui em baixo é tudo azul
a lua veste de azul
anémonas são nossas caricaturas
e se a morte for azul
e dormir no fundo mar
onde os sonos nos confiam as lembranças

Aqui em baixo é tudo azul
o arco-íris é azul
e é azul a chuva quando molha

2 comentários:

Anónimo disse...

Deliciosa esta prosa poética!...
Parece simples, mas, de facto, só um artífice da palavra pode escrever assim - PONTO!!

Parabéns Filipe.

Ah!, já agora uma nota para o poema do João Afonso... do melhor, no seu estilo!...

Bom recomeço, portanto!...

Anónimo disse...

Olá, parei aqui e fiquei para ler, muito bom, deixo um abraço...