11.21.2009

(f) Fio de Vida


suspensos por cordas
pairamos
como marionetas sobre as águas
ora calmas, ora revoltas
e basta que o ténue fio de vida se parta
para sentirmos
a dor e a revolta
o medo
o efémero
impresso como marca d’água no meu peito
a vida
e a morte
e a vida que lhe sucede
estarei eu aqui?
parte de mim partiu
nas águas que passaram sob os pés nus e frios
engrossando as lágrimas que não contive
pois só quando um de nós
se vai
é que damos conta da espessura
do fio de vida
da partida

.

3 comentários:

zé lérias (?) disse...

Muito bom ano 2010 para si e toda a família.
Um abraço

Anónimo disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
Carta a Garcia disse...

Caro Filipe Gomes,

Vou adicionar o "Venham mais cinco" ao meu blogroll.
Só agora tive conhecimento...e o mesmo em que referências que me faz em posts...Obrigado.Um abraço.

Osvaldo Castro