9.29.2006

(h) Homem


... contudo, continuo a acreditar nos homens. Feitos à imagem e semelhança de Deus, mantenho na bondade que cada homem revela na sua essência, uma fé inabalável. Ingenuidade, ilusão, utopia, dirão. Pode até ser, mas é esta convicção que me faz manter viva a esperança de um mundo melhor. É esta convicção que me mantém apaixonado pela vida e que me permitiu replicar a minha própria existência. O futuro do mundo depende desses pequenos homens que ajudei a nascer, bons na sua essência, depende da minha capacidade de os amar e de os compreender. Essa sociedade mais justa e mais fraterna depende por isso cada vez mais do que estou disposto a partilhar.
Só para ver o Francisco mergulhar num por sol de S. Pedro, que o avô registou na memória da máquina digital e no coração, vale a pena ser homem. Cada vez mais humanamente homem. Porque os homens são bons, na sua essência.

letra e música Filipe Gomes


Não peças p’ra entender tudo o que escreves
Há sempre algo mais que não te atreves
Posso sentir um não com indiferença
Posso sentir um não com mágoa imensa

Não peças para dar o que não tenho
Apenas te direi para o que venho
Podes contar com a força de um abraço
Nunca te deixes vencer pelo cansaço

Fazemos jogos com as palavras
Dizemos tantas coisas erradas
E o que queríamos dizer, calamos

Passamos pela vida a correr
Nem temos tempo para viver
E os nossos ideais, negamos

Não peças para dizer o que não sinto
Apenas te direi que não te minto
Quando te digo que, sou teu amigo
E em qualquer lugar, estarei contigo

Mas pede-me p’ra ser mais solidário
Não quero ser na vida um mercenário
Quero juntar a minha, à tua voz
Pois não mais serei eu, seremos nós

3 comentários:

Anónimo disse...

Parabens, está bonito o poema...mas musicado á tua maneira ficaria mais rico..e ainda mais se cantado...tendo por cenário o infinito.

Anónimo disse...

Meu caro Filipe,
Já há algum tempo que te 'devo' esta pequena nota.
Não que tenhamos feito qualquer acordo em que este teu amigo (e também admirador) comente cada entrada tua neste excelente blog, mas porque eu próprio me sinto com o 'dever' de o fazer.
Porquê? Tão simplesmente porque me identifico com muito do que aqui escreves!
Este é um desses casos.
O que escreveste e a forma como o fazes, deixa transparecer a elevada craveira da tua estatura humana.
E como é infinitamente bom revermo-nos nos filhos e, no meu caso, também nos netos!
É bom vê-los, assim, num suave e doce contraluz do poente, mas não é menos belo olhá-los ao raiar da aurora, na afirmação plena de que um novo dia vai estar à sua frente!

Ah!... ainda uma palavra para me juntar à 'outra voz' dizendo-te também que aguardo o enriquecimento da tua poesia com a música que sei que também compões...

zé lérias (?) disse...

Então amigo!
Estamos à espera de mais...