12.08.2006

(m) Mãe


Eu tive duas mães, sorte a minha. Uma que me trouxe ao mundo e que me ensinou os primeiros passos. Outra que por vocação e amor aceitou o desafio de me educar e fazer crescer. Sorte a minha. A ambas amei, amo e amarei. Também elas me amaram, amam e amarão, sorte a minha. Não cabem nas palavras todos os sentimentos que a lágrima que quero reter a todo o custo encerra. Sorte a minha ter nascido filho de duas mães, ter experimentado o seu doce colo e o seu sorriso franco. Se hoje vires a tua, não digas nada, dá-lhe apenas um beijo e recebe o brilho do seu olhar, mais luminoso do que todas as estrelas do céu. Mas se já não for possivel, fecha os olhos, deixa a teimosa lágrima correr para a terra e oferece-lha como prova da tua ternura e da tua saudade.
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de Arnaldo de Matos
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a rosa que te dou
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dou-te uma rosa
sem cheiro nem cor
foi arrancada do peito
e não é uma flor
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e não digas a ninguém
tudo o que te der
o mesmo faço também
haja o que houver
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muita coisa te darei
não se toca ou se cheira
deste modo te amarei
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e com rosa sem cor
sem dizer a ninguém
simbolizo o amor

5 comentários:

Anónimo disse...

Como è bom e único o amor de Mãe.Sorte a minha que o senti até ao seu último sorriso antes de partir para a eternidade. Como è fácil para mim compreender quem sente tal amor de Mãe, seja Ela biológica, seja Ela a criadora de uma vida que se formou no carinho de Mãe que ama, enquanto ajuda a formar uma vida, para a vida. Só tal amor, só tais amores, permanecem na nossa mente porque nos marcaram para sempre, porque o brilho do seu meigo sorriso nunca deixou de para nós brilhar, mesmo depois da morte as levar.Apenas tive uma Mãe,mas com tanto e tal amor para dar, que o deu sem esforço não apenas a mim a quem amava e por quem sabia ser amada.Dava-o com a mesma naturalidade com que sorria. Dava-o, com a mesma naturalidade, mesmo quando em silêncio sofria.Esta lágrima de saudade que se vai soltando dos meus olhos, deixo-a cair na terra, terra que certamente já comeu o seu
corpo e que pelo espera, sem que até lá deixe de sentir o amor que nos uniu.
Ninguém escolhe ter duas Mães. Feliz de ti que tiveste duas Mães para te dar amor de Mãe.Feliz de mim, que tal Mãe tive, aquela que para mim era Mãe todos os dias e não apenas no 8º dia do mês de Dezembro.
Hoje, como diz o poema, "há estrelas no Céu" a mais brilhante para mim, serás sempre tu Mãe.
Não é muito de mim dar a conhecer publicamente os meus sentimentos. Mas depois de te ler Filipe, senti também vontade de dizer a todos, como fui amado e como amei a minha Mãe.
Uma rosa para ti,minha Mãe.

Anónimo disse...

Não há nada que se compare :)
Não há palavras para o descrever.
É apenas o amor da mãe.

Beijos

Anónimo disse...

E muito mais dificil ainda, é viver sem ter o amor de mãe. É como fazer acrobacias, sem rede.
Há muita gente que vive sem nunca ter conhecido o amor de mãe.
Eu também tive sorte, também tenho duas mães. Uma na terra, que me deu a vida, e outra no céu, a raínha dos anjos, que nunca me abandona.
Beijos

Mac Adame disse...

Há poucas coisas insubstituíveis. As mães são uma delas.

zé lérias (?) disse...

Estamos a chegar ao fim deste triste ano. Embora não me pareça vir a ser melhor o que se avizinha, mesmo assim não custa nada pedir o melhor para os amigos e amigos dos nossos amigos:

Votos sinceros para que, em 2007, haja, no seu (e dos seus entes queridos) "latifúndio", "SOL NA EIRA E CHUVA NO NABAL"
Um abraço