(z) Zeca Afonso
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Zeca Afonso é a minha maior referência musical. O próprio nome deste blogue foi-me por ele "oferecido" de forma solidária e desinteressada através da sua magnífica obra e exemplo de vida.
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Dele são os primeiros discos que me recordo de ouvir, as primeiras canções que toquei e cantei. Com ele aprendi a dimensão que as palavras ganham nas canções e a importância destas na construção de um mundo mais justo e solidário.
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Zeca Afonso é um homem maior e uma fonte de inspiração.
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Guardo, entre outros, discos e cassetes com as suas canções e com o tributo "Filhos da Madrugada" (ouvidas vezes sem conta), e um vídeo da sua última actuação ao vivo. Um dia hei-de ter toda a sua discografia.
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Tenho ainda a (secreta) esperança (e o sonho) que se leve por diante a realização de um festival anual de música de intervenção, aqui na Marinha.
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Para o Zeca deixo a canção,
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o dia amanhece
como um dia vulgar
nas ruas corre o sangue
dos que vieram
celebrar a noite
que é a côr da face
dos tombaram
mas que não morreram
r
mas há quem
da liberdade faça uma bandeira
ainda há quem
p'la liberdade passe a vida inteira
sem o sol, sem o céu
mas com a vontade
de que um dia novo nasça em liberdade
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ouvem-se as vozes
dos que não calaram
o corpo é igual e a alma sente
quando a morte vem
não escolhe a côr
e a terra que pisam
não é diferente
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2 comentários:
Um homem grande que lutou pela liberdade de todos nós.
"Quem diz que é pela rainha
Nem precisa de mais nada
Embora seja ladrão
Pode roubar à vontade
Todos lhe apertam a mão
É homem de sociedade
Acima da pobre gente
Subiu quem tem bons padrinhos
De colarinhos gomados
Perfumando os ministérios
É dono dos homens sérios
Ninguém lhe vai aos costados"
hasta siempre Zeca
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